Associadas apresentam tese sobre desigualdade de gênero no Ministério Público

As associadas do Transforma MP Mônica Louise de Azevedo (MPPR) e Daniela Campos de Abreu Serra (MPMG) vão apresentar, nesta quinta-feira (28), em Belo Horizonte, a tese Diagnóstico e perspectivas da desigualdade de gênero nos espaços de poder do Ministério Público: “santo de casa não faz milagre”?, juntamente com Maria Clara Costa Pinheiro de Azevedo (MPMG), Maria Carolina Silveira Beraldo (MPMG), Hosana Regina Andrade de Freitas (MPMG) e Ana Teresa Silva de Freitas (MPMA).

A apresentação acontece a partir das 10h30, dentro da programação do XXII Congresso Nacional do Ministério Público, realizado de 27 a 29 de setembro na capital mineira.

Realizado pela Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) e pela Associação Mineira do Ministério Público (a AMMP), o evento pretende, segundo a organização, reunir representantes do Ministério Público de todos os estados da federação e promover a discussão de temas relevantes para o aprimoramento da atuação da classe em todo o país, além de proporcionar a troca de experiências e o congraçamento entre os participantes.

Daniela ressalta que a ideia da tese surgiu de uma sugestão da colega Maria Clara, durante o processo de escolha do procurador Geral de Justiça do MPMG.

“À época da eleição para a Procuradoria Geral de Justiça de Minas Gerais, a Maria Clara chegou a perguntar aos candidatos e candidata sobre a questão de gênero no MP e ninguém tinha sequer pensado sobre o assunto. Foi então que ela sugeriu que pensássemos em algo para apresentar. Já que o tema deste Congresso é discutir os novos desafios do Ministério Público após quase três décadas da Constituição, é preciso colocar luz sobre a desigualdade de gênero no contexto intrainstitucional”, diz.

Dificuldades para pesquisar 

Um dos problemas para executar a pesquisa, segundo Daniela, foi a falta de dados que pudessem direcionar o estudo, obrigando-as a buscar números ainda não analisados.

“Quando fizemos o levantamento ficamos mais impressionadas por não existirem os números separados por sexo, ocupação feminina nos cargos de poder etc. Fomos pesquisando e vimos que a participação nos cargos de chefia é muito pequena. A primeira questão é que isso se torne visível. Precisamos entender que a questão de gênero interna precisa ser pensada como desafio para o Ministério Público.

Troca de experiências

Na visão de Mônica Louise de Azevedo, a importância do evento está também na troca de experiências entre os membros do MP em todo o Brasil.

“É importante o contato com realidades distintas de intervenção institucional. Apresentar tese é relevante para marcar posição em temas polêmicos, inovadores, expondo para outros colegas ideias diferentes”, acredita Mônica, que ainda vai apresentar, no mesmo dia, a partir das 11h10, outra tese: Acesso à justiça e central de atendimento do Ministério Público.

Leia a tese na íntegra.

Confira o local e a programação completa de palestras e teses do evento.

 

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