Tag : Prisão

Encaixotando gente

Por Haroldo Caetano, no Justificando.

No clássico filme Encaixotando Helena, um médico é obcecado pela beleza de Helena, sua paciente, mas, rejeitado em sua pretensão amorosa, resolve aprisioná-la. Afetado por uma perversão extremamente violenta e diante da recusa persistente, o médico começa então a fazer cirurgias sucessivas em Helena mediante o uso de anestésicos potentes, nela produzindo mutilações, até que ela, já sem braços e pernas, tem o que sobra do seu corpo completamente subjugado ao controle de seu algoz. O filme de Jennifer Lynch expõe até que ponto pode chegar a perversidade de alguém em busca da satisfação de uma vontade doentia.

“Prisão não é a solução para a violência, ela é parte do problema”, entrevista com Rafael Godoi

Publicado no El País.

“Tic, tac, ainda é 9h40, o relógio na cadeia anda em câmera lenta”, cantou o rapper Mano Brown na música Diário de um Detento. Para as 240.061 pessoas encarceradas no Estado de São Paulo, o tempo é sempre um inimigo. Ele é abundante e demora a passar em um ambiente prisional que oferece poucas opções de trabalho e quase nenhum lazer. Por outro lado, é sempre insuficiente para que o preso saiba o que ocorre com seu processo, o que um juiz desconhecido em um gabinete distante e com ar condicionado decidiu sobre um recurso, e quanto tempo ainda vai levar para que ele alcance a liberdade – ou para ver a liberdade cantar, no jargão do cárcere. Neste cenário, onde advogados públicos são escassos e a informação não chega, cabe ao preso – e seus familiares – ir atrás e tentar fazer a engrenagem do judiciário se mover. “[Na cadeia] Só sobrevive quem tá nos corre”, rimou Dexter, rapper e ex-presidiário.

Ciclo de Debates #MulhereSemPrisao

ITTC apresenta Ciclo de Debates #MulhereSemPrisao

Série de eventos possui o objetivo de conscientizar os atores de justiça e a sociedade civil quanto à invisibilidade de gênero nos processos criminais
O Instituto Terra, Trabalho e Cidadania – ITTC lança o Ciclo de Debates #MulhereSemPrisao, a fim de aprofundar os principais tópicos do relatório homônimo em encontros mensais e temáticos, realizados na livraria Tapera Taperá, no centro de São Paulo.